
Campos do Jordão não é um destino barato, mas se for na baixa temporada e durante a semana, o turista vai encontrar preços mais camaradas, além de fugir daquelas filas intermináveis para fazer passeios ou arrumar mesa em restaurante.

Se você tem disponibilidade de tirar uns dois ou três dias livres entre terça e quinta-feira, compensa muito aproveitar o clima de montanha e ar puro do alto da Serra da Mantiqueira.

Não dá para conhecer tudo, mesmo porque são vários parques e atividades, desde as sossegadas, de contemplação da natureza, às mais radicais e aventureiras como trilhas de quadriciclos, arvorismo e tirolesa.
Para gastar menos e economizar nos passeios, uma boa dica é visitar os parques e mirantes da cidade. Escolha os gratuitos ou aqueles com ingresso de preço simbólico.

Como o check-in dos hotéis é sempre no começo da tarde, após deixar as malas, um bom roteiro começa com umas comprinhas no centro Capivari, onde estão a maioria das lojas, chocolaterias, bares e restaurantes. É melhor garantir logo as lembrancinhas e relaxar depois com foco só nos passeios.

Uma passada na chopperia Baden Baden vale a pena, nem que seja só pra tomar um chopp e registrar aquela foto inesquecível.

A praça do Capivari e os calçadões já estão decorados para o Natal e quando anoitece as luzes dão ainda mais charme às fachadas das lojinhas, hotéis e pousadas, todas com a arquitetura de inspiração tipicamente suíça.
Natureza de montanha
Os parques, todos com as imponentes araucárias são o cartão-postal da cidade. Para onde se aponta a câmara fotográfica ou celular, as imagens são encantadoras.

O primeiro parque que deve ser visitado é o Horto Florestal (www.parquecamposdohordao.com.br), com ingresso a R$ 15 por pessoa e que não cobra estacionamento.

É um lugar fantástico para fazer uma caminhada e tem boa infraestrutura.
Se você tem disposição e ama a natureza, escolha a trilha da cachoeira. São 4,6 quilômetros de terreno praticamente plano, que também pode ser feito em bicicletas de aluguel ($40/hora). Como o plano é economizar, vá a pé mesmo e é muito mais contemplativo.

No final da trilha, uma cachoeira de água gelada refresca e tira qualquer cansaço. A dica é sentar ou deitar nas pedras e ficar ouvindo o barulho da água, dos passarinhos.

Na volta, se bateu aquela fominha, dá para fazer um lanche ou mesmo almoçar no restaurante do parque, o Dona Chica (www.donachicarestaurante.com.br). Pode-se saborear uma truta grelhada, por exemplo, mas se a grana está curta, pede um mix de bolinhos (com recheios variados de pinhão, javaporco, truta, coxinha de frango e folhas de peixinho da horta fritas), que servem bem duas pessoas por R$38.

Na tarde do mesmo dia, aproveite e visite também o Bosque do Silêncio (www.altus.tur.br), com entrada e estacionamento gratuitos. O parque de 180 mil metros quadrados parece cenário de filme de conto de fadas.

As majestosas araucárias e podocarpus, além das belas hortênsias que colorem as trilhas, são espetaculares. Há também muitas atividades pagas, como arvorismo, tirolesa, paintball, aluguel de bikes e campo de minigolfe. Momentos de contemplação da natureza já valem o passeio.
Mirantes e museu
No segundo dia de exploração da cidade, reserve um tempinho para visitar o Museu Felícia Leirner (www.museufelicialeirner.org.br), onde está o Auditório Claudio Santoro, palco de muitas apresentações no tradicional Festival de Inverno de Campos do Jordão.

A entrada custa só R$ 5 por pessoa e o estacionamento é de graça.
As obras estão por toda parte.

São esculturas em bronze, cimento branco e granito, das cinco fases da artista plástica, do figurativo ao abstrato. Nascida em Varsóvia, na Polônia, Felícia veio para o Brasil em 1927.

No alto da colina do parque tem um mirante de onde se pode avistar a Pedra do Baú e as montanhas de Minas Gerais. Quem gosta de arte e natureza vai ficar surpreso com a beleza do lugar.

O Morro do Elefante é o mais conhecido mirante da cidade. Lá está o teleférico que funciona de quarta a domingo ($25 por pessoa no meio de semana), mas dá para chegar de carro também, e de graça. De lá se vê bem o centro turístico da Vila Capivari e tem lojinhas de artesanatos e sanitários.

Em tempos de pandemia, o uso de máscara é obrigatório para acessar os parques, entrar nas lojas e restaurantes. Os dias e horários de funcionamento também sofreram restrições, mas o visitante consegue aproveitar bem a baixa temporada, gastando um pouco menos.

Há opções de outros parques para o lazer, como o Tarandu, o Amantikir – Jardins que Falam, Pico do Itapeva, mas os valores são mais altos e fogem do plano econômico da viagem.
Hospedagem
São muitas opções de hospedagem em Campos do Jordão. Sempre é bom pesquisar bem o que elas oferecem, como café da manhã incluso e outras regalias como estacionamento gratuito.

Diárias entre R$ 160 e R$ 180 para o casal, com café da manhã, são as mais indicadas para economizar e ter conforto para descansar. Mesmo porque o turista passa o dia inteiro fora do hotel.

Uma das opções é a Pousada Nacional Inn (www.nacionalinn.com.br), que fica no acesso ao Morro do Elefante e também relativamente perto do centro de Capivari.

Com um café bem servido, cama confortável e ducha quente, a pousada cobra em média R$ 300 para um casal em duas diárias no meio de semana. É um preço bastante justo se tratando do destino de montanha mais famoso de São Paulo.
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